O que são anticonvulsivantes e como podem ser utilizados

O que são anticonvulsivantes e como podem ser utilizados

Quando falamos sobre anticonvulsivantes, muitos podem pensar imediatamente em epilepsia. Mas, você sabia que o universo desses medicamentos é muito mais amplo? Além de serem pilares no tratamento de crises convulsivas, os anticonvulsivantes escondem um potencial terapêutico surpreendente, abrangendo desde o tratamento de dores neuropáticas até o controle de transtornos de humor. E não para por aí: o canabidiol, um composto derivado da cannabis, vem ganhando destaque como uma opção promissora. Vamos mergulhar juntos nesse tema fascinante e desvendar os segredos dos anticonvulsivantes?

Os anticonvulsivantes, também conhecidos como antiepilépticos, são medicamentos e alternativas terapêuticas que buscam atuar no tratamento de crises convulsivas e da epilepsia. 

Entretanto, eles possuem um potencial terapêutico muito maior que estes dois exemplos, e justamente por sua atuação, têm ganhado cada vez mais espaço no âmbito da medicina.

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Além dos fármacos já conhecidos e populares, existem também aqueles que têm demonstrado excelentes resultados, como por exemplo, os medicamentos produzidos à base do canabidiol. 

O assunto é tão completo e técnico que existem curso de cannabis medicinal para capacitar profissionais médicos nas práticas terapêuticas que utilizam das propriedades da Cannabis.

Confira a seguir sobre a versatilidade dos anticonvulsivantes e suas diversas aplicações e propriedades. Boa leitura!

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O que são anticonvulsivantes?

Os anticonvulsivantes são fármacos com um grande espectro de atuação, ainda que sejam relacionados, na maioria das vezes, para tratamento da epilepsia e de convulsões. 

Eles também são administrados em situações de pessoas com fibromialgia, transtornos de humor como bipolaridade e dores neuropáticas.

Especificamente no caso da epilepsia, a prescrição médica dos anticonvulsivantes sugere uma estabilização no quadro, Aliás, a epilepsia é mapeada por 5 tipos distintos de manifestação, que explicaremos a seguir.

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  • Epilepsia fotossensível: é desencadeada a partir da exposição à flashes, luzes e monitores como, por exemplo, do celular, tablet ou tv;
  • Epilepsia sintomática generalizada: origina de danos profundos na atividade cerebral;
  • Epilepsia sintomática parcial: é a manifestação mais recorrente de quadros epilépticos e pode ter como causa traumas, infecções ou tumores cerebrais;
  • Epilepsia idiopática generalizada: possui, na maioria dos casos, histórico familiar, ou seja, relacionada à genética;
  • Epilepsia idiopática parcial: se caracteriza por espasmos musculares na face durante a noite e é bastante comum na infância, com quadros mais brandos.

Como funcionam os anticonvulsivantes?

No caso da epilepsia ou das convulsões, os anticonvulsivantes funcionam com ação direta no sistema nervoso central. Em outras palavras, eles agem suprimindo uma ativação atípica e frenética dos neurônios, de modo a evitar que o processo se espalhe.

Dessa forma, as sinapses entre os neurônios têm suas atividades equilibradas e o fluxo exagerado de sinapses passa a ser controlado.

Em resumo, esses fármacos irão atuar no sistema nervoso central bloqueando os canais de sódio e cálcio, potencializando a função do principal neurotransmissor de inibição (GABA) e inibindo os receptores de glutamato.

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Todas estas ações em conjunto irão tentar restabelecer a normalidade da atividade cerebral.

Riscos do uso de anticonvulsivantes

Por comparação, é possível afirmar que esse excesso de sinapses é similar a um incêndio, e que os anticonvulsivantes agem como bombeiros, apagando ou reduzindo um quadro anormal de chamas. 

Entretanto, assim como em um local com chamas, a interferência imediata e urgente poderá deixar lastros e no caso dos anticonvulsivantes, o uso prolongado tem sequelas e consequências, como por exemplo:

  • Redução da capacidade cognitiva eQI;
  • Comprometimento da memória
  • Problemas gastrointestinais e hematológicos
  •  

Por isso, o uso dos anticonvulsivantes precisa sempre ser feito com acompanhamento médico, para controle e supervisão de todos os efeitos colaterais.

Para que servem os medicamentos anticonvulsivantes?

Além das funções já citadas sobre convulsões e epilepsia, os anticonvulsivantes também atuam como estabilizadores ou reguladores do humor. Além disso,  apresentam princípios ativos com propriedades ansiolíticas e, por isso, são capazes de auxiliar no tratamento da depressão e ansiedade, por exemplo.

Alguns deles também ajudam a minimizar a intensidade de episódios depressivos e mania, de modo a permitir melhor qualidade de vida de um paciente com tais doenças.

Quais são os medicamentos anticonvulsivantes?

Existe uma variedade de princípios ativos no mercado farmacológico de medicamentos anticonvulsivantes. Seja em remédios genéricos ou de marcas conhecidas, relacionamos abaixo os principais medicamentos que são classificados como anticonvulsivantes:

  • Carbamazepina (encontrada no Tegretol)
  • Clonazepam (encontrada no Rivotril)
  • Valproato de Sódio ou Ácido Valpróico (Depakene, Depakote, Epilenil, Valpakine)
  • Divalproato de Sódio (Divalcon, Zyvalprex, Valpi)
  • Fenitoína (Hidantal, Fenital, Epelin) e Fenitoína Sódica (Unifenitoin)
  • Gabapentina (Gabaneurin, Neurotin, Gamibetal, Neurocontrol)
  • Oxcarbazepina (Trileptal, Oleptal)
  • Lamotrigina (Lamictal, Meural, Lamitor)

Principais tratamentos feitos com medicamentos anticonvulsivantes

A prevenção e controle de crises convulsivas e epilépticas são alguns dos tratamentos que utilizam os anticonvulsivantes, contudo não são os únicos. Eles também são ministrados para outras situações, como por exemplo:

  • Tratamento de neuralgias: disfunções que causam dores intensas na região inferior do rosto e nos músculos da mastigação podem recorrer aos anticonvulsivantes. Medicamentos como oxcarbazepina, carbamazepina ou fenitoína.
  • Tratamento de transtorno de humor: existem casos de mania psicótica grave em que o uso de anticonvulsivantes como o benzodiazepínico são capazes de bloquear receptores de dopamina e auxiliar no controle comportamental.
  • Tratamento de neuropatias: neste caso, as propriedades de anticonvulsivantes como a carbamazepina inibem alguns neurotransmissores e minimizam o quadro de dores neuropáticas.
  • Prevenção de enxaqueca: alguns anticonvulsivantes como topiramato e ácido valpróico possuem eficácia comprovada para aliviar dores da enxaqueca.

Canabidiol e o uso como anticonvulsivante

Extraído da cannabis e com vários estudos sobre suas propriedades demonstrando resultados positivos, o canabidiol merece um capítulo à parte quando o assunto são os anticonvulsivantes. Isso porque, seu uso vem se provando eficaz no tratamento de epilepsias refratárias, sem apresentar os mesmos efeitos adversos dos medicamentos mais conhecidos.

Existem, inclusive, publicações científicas que comprovam a eficácia e segurança do uso do canabidiol como anticonvulsivante e com propriedades terapêuticas que atuam no sistema nervoso central.

Quais os anticonvulsivantes podem ser utilizados em situação de urgência?

Em casos extremos, onde se faz necessária a administração imediata de um dos anticonvulsivantes, os benzodiazepínicos são os mais utilizados, como por exemplo, o Diazepam. Isso porque, se utilizado entre 30 e 60 minutos do início da crise, sua ação é rápida e capaz de cessar o quadro epiléptico em até 80% dos casos.

Outra opção dentre os anticonvulsivantes para administração em situação de urgência são os medicamentos com fenitoína e com o já citado canabidiol. É possível encontrar os produtos a base de canabidiol em farmácias, associações ou solicitar a autorização de importação com a Anvisa – em todos os casos é necessário a prescrição médica.

Anticonvulsivantes: Uma Jornada Além da Epilepsia – Descubra Seus Diversos Usos e Aplicações

Os anticonvulsivantes, ou antiepilépticos, são medicamentos destinados ao tratamento de crises convulsivas e epilepsia. No entanto, sua aplicabilidade vai além, abrangendo o tratamento de fibromialgia, transtornos de humor como a bipolaridade, e dores neuropáticas. Alguns medicamentos, especialmente aqueles à base de canabidiol, têm mostrado resultados promissores. Este artigo explora a versatilidade dos anticonvulsivantes, detalhando seu funcionamento, os riscos associados ao seu uso e as diversas condições que podem beneficiar-se de sua aplicação, incluindo a prevenção de enxaquecas e o tratamento de neuralgias e neuropatias.

O que são anticonvulsivantes?
Anticonvulsivantes são medicamentos usados principalmente para tratar crises convulsivas e epilepsia, mas também têm aplicações em outras condições neurológicas e psiquiátricas.

Como funcionam os anticonvulsivantes?
Eles atuam no sistema nervoso central, suprimindo a atividade elétrica excessiva no cérebro que causa convulsões, por meio do bloqueio de canais de sódio e cálcio, potencialização do GABA e inibição dos receptores de glutamato.

Quais são os riscos do uso de anticonvulsivantes?
O uso prolongado pode levar a efeitos colaterais como redução da capacidade cognitiva, problemas de memória, gastrointestinais e hematológicos, exigindo acompanhamento médico rigoroso.

Para que mais os anticonvulsivantes podem ser usados?
Além de convulsões e epilepsia, são usados para tratar fibromialgia, transtornos de humor, dores neuropáticas, e até como estabilizadores de humor em casos de depressão e ansiedade.

O canabidiol é considerado um anticonvulsivante?
Sim, o canabidiol, extraído da cannabis, tem se mostrado eficaz no tratamento de epilepsias refratárias, com a vantagem de apresentar menos efeitos adversos em comparação com outros anticonvulsivantes tradicionais.