Conheça as principais estratégias para vender nesta Black Friday, às vésperas da maior festa mundial do futebo

Conheça as principais estratégias para vender nesta Black Friday, às vésperas da maior festa mundial do futebo

Futebol, mobile e antecipação das ofertas: como as marcas podem se preparar para aproveitar ao máximo o período de promoções

Uma das datas mais importantes do varejo para buscar aumentar as vendas, a Black Friday, se aproxima. O período, que ao longo do tempo se consolidou no calendário comercial do varejo brasileiro, seja no comércio físico ou eletrônico, é considerado o evento mais lucrativo para as indústrias, competindo apenas com o Natal. E, este ano,  acontecerá no dia 25 de novembro, contando com um diferencial – ocorrerá no mesmo período da maior competição de futebol do mundo e, segundo o Google,  66% das pessoas pretendem fazer compras relacionadas ao campeonato.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a Black Friday de 2022 deverá movimentar cerca de R$ 6,05 bilhões no comércio eletrônico, com o número de pedidos chegando a 8,3 milhões. A realização destes dois eventos simultaneamente é algo a ser aproveitado pelos varejistas em todo o seu potencial, especialmente em um mercado em que a expectativa de venda é maior no último trimestre do ano. E, apesar da proximidade dos eventos, ainda dá tempo de aplicar ações e conhecer alguns insights para impulsionar as vendas nesse período.

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Especialistas consultados explicam que, além do crescimento nas vendas, a relação entre as datas gera outras maneiras de atrair os consumidores e otimizar a performance de vendas nos canais digitais. ‘’Um dos primeiros passos é o planejamento, definir a estratégia de promoções e, o mais importante, estruturar todo o processo de pré e pós-vendas para garantir eficiência aos procedimentos e às etapas, como nos investimentos, logística, planejamento, suporte, conteúdo, vendas e muitos outros’’, explica a especialista em estratégias de varejo digital para ajudar as marcas a venderem mais e melhor por meio de tecnologia e inteligência, Alessandra Couto, Global Key Account and Insights Manager da Intellibrand.

Black Friday em números

Em 2021, o comércio eletrônico brasileiro na Black Friday gerou um faturamento de R$ 5,83 bilhões, um montante 1,7% superior ao registrado em 2020. E em 2022, mais de 78% da população brasileira pretende comprar produtos pela internet no período da promoção, segundo dados da NielsenIQ|Ebit. O levantamento aponta ainda que os segmentos de eletrônicos e eletrodomésticos prometem ser os mais procurados.

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A Pesquisa Consumo 2º semestre 2022, realizada pela Globo, aponta que 72% das pessoas têm a intenção de comprar na Black Friday. No topo da lista de interesses do consumidor estão roupas e acessórios, como também eletrônicos (TV, áudio e vídeo) – impulsionados pelo mundial – seguidos de compras de supermercado, calçados, bebidas alcoólicas, artigos esportivos, smartphones, delivery de refeições, perfumes e cosméticos e artigos de decoração.

Black Friday e as variações

A Black Friday nos Estados Unidos se tornou uma das datas mais rentáveis para o comércio no país. O sucesso foi tão grande que hoje acontece em diversas regiões do mundo, tal qual o Brasil e muitos outros da América Latina, como por exemplo, o México. Lá o período é chamado de El Buen Fin, ou bom fim de semana; na Colômbia, Black Days e no Brasil que é praticada há pouco mais de 10 anos, existem outras variações como Esquenta Black Friday e Black Week.

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Como as marcas estão desenvolvendo ações criativas

No Brasil as marcas precisam gerar experiências aos consumidores, além de chamar atenção com ofertas e descontos e campanhas de marketing, como tem feito as grandes cadeias de varejo, como: Casas Bahia, Ponto Frio, Americanas, Mercado Livre, Amazon e Magalu.

Muitas dessas marcas sustentam o período com nomeações próprias, como por exemplo, o Magalu, que realiza a “Black das Blacks”, durante todo o mês de novembro. Já a Americanas criou a “Red Friday”, com descontos no site, aplicativo e lojas físicas, além de preparar uma live de promoções antecipadas. No Ponto Frio, para além das promoções tão aguardadas para o dia 25, a empresa promete frete grátis para todas as localidades do Brasil. Outros varejistas que estão em busca de atrair os consumidores e apostam em um ‘’esquenta’’ são a Amazon e o Mercado Livre, que, entre muitas ações, disponibilizam cupons de desconto e uma seção específica no e-commerce.

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O head de Novos Negócios e Marketing da Intellibrand, André Santa, diz que alguns critérios são decisivos para a compra, como: frete grátis, prazo de entrega, preço e qualidade. ‘’Mas outros elementos de diferenciação como nomeações próprias, omnichannel, live, seção única, antecipação das ofertas, descontos em formas de pagamentos, são algumas estratégias que podem ser adotadas para as vendas no período’’, explica. André destaca também que ter um nível de acompanhamento e monitoramento para estar atento aos seus produtos nos principais varejos e acompanhar as movimentações ao longo do mês com mais frequência são decisivos para esse período.

‘’É indispensável estudar todos os cenários possíveis, avaliar os dias de ofertas, quantidade de estoque, quais os diferenciais e promoções que serão oferecidas, garantir preço atrativo e prazos de entrega. Posto isso, vale a pena antecipar suas estratégias e promoções ao longo do mês de novembro, pois assim terá uma janela maior de vendas, aumentará o tráfego e as chances de lucratividade por mais tempo’’ complementa Couto. 

Veja outros exemplos de ações que funcionam bem para turbinar o consumo na período:

Garantir uma boa gestão de estoque e acompanhar as movimentações

Durante a Black Friday é importante redobrar o cuidado na gestão de estoque, a fim de  garantir o sucesso das vendas e a satisfação dos clientes. Definir os produtos, as quantidades e quais descontos serão aplicados.

‘’A definição de estratégia pode facilitar o gerenciamento do estoque, prevendo e identificando a necessidade de reposição com base nos produtos que tiveram pouca ou muita saída. E, para isso, existem ferramentas de gestão que facilitam a tomada de decisão, automatizando algumas funções essenciais, proporcionando inúmeros benefícios para o varejista e a indústria’’ diz Couto.

Atualmente, já existem ferramentas com recursos focados em datas sazonais como Black Friday, que permitem o monitoramento em tempo real de disponibilidade e preço dos produtos nos principais varejos online, facilitando o planejamento e mudança na direção do percurso de forma ágil, caso haja necessidade.

Atente-se a jornada de compra do consumidor

Se deseja garantir a execução da loja perfeita – a junção de todas as etapas da jornada de compra do consumidor,  atente-se para oferecer uma boa experiência de compra. O consumidor está mais omnichannel que nunca. Segundo o Google, 72% declaram que compraram tanto online quanto offline nos últimos seis meses. Na Black Friday 2022, os consumidores pretendem comprar 57% em sites, 51% em aplicativos e 45% em lojas físicas. ‘’Os dados nos permitem afirmar que é importante oferecer uma experiência de compra mobile e estruturar a plataforma de e-commerce para o volume de acessos’’, reforça Santa.

O especialista destaca também um estudo realizado pela Edge by Ascential, que estima que 72% das compras em 2022 serão feitas nas lojas físicas, mas serão influenciadas pelo e-commerce. ‘’Independentemente de onde a compra é feita, os shoppers atualmente fazem suas pesquisas online – não apenas de preço, mas analisam custo-benefício e experiência de outras pessoas – antes de fazer suas compras. E essa é uma das mudanças na jornada de consumo das pessoas que têm representado para as indústrias uma geração de compradores cada vez mais exigentes’’ complementa Santa.