Constipação Intestinal: Entenda O Que Ajuda A Resolver O Problema

Constipação Intestinal: Entenda O Que Ajuda A Resolver O Problema

Uma das queixas mais comuns pode ser resolvida com alimentação saudável e bons hábitos

A constipação intestinal, também conhecida popularmente como prisão de ventre ou  intestino preso, é um distúrbio comum que consiste na alteração do funcionamento do intestino, com duração mínima de 3 meses e na qual o paciente pode evacuar menos de três vezes por semana com alterações, inclusive, na qualidade das fezes.

“Esse é um transtorno mais comum nas crianças, nos idosos e nas mulheres, principalmente durante a gravidez, e impacta a qualidade de vida de quem o possui. Além disso, o intestino preso pode estar associado também a doenças do cólon e do reto, como diverticulose, hemorroidas, fissuras anais e câncer colorretal”, afirma o médico coloproctologista de Brasília, Danilo Munhóz (@duoprocto).

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Quais os sintomas?

Os sintomas mais característicos podem variar de uma pessoa para outra ou na mesma pessoa em diferentes crises. Os mais comuns são número menor de evacuações, dificuldade para eliminar as fezes que se apresentam ressecadas, muito duras e pouco volumosas, e uma sensação de esvaziamento incompleto do intestino.

Outros sintomas como gases, mal-estar, desconforto, distensão e inchaço abdominal também podem estar relacionados à prisão de ventre.

Especialista pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia, com atendimentos em Brasília. Pós-graduado em Cirurgia Minimamente Invasiva (CMI) pelo Instituto Jacques Perissat (IJP), em Curitiba-PR; e Fellow em Cirurgia Laparoscópica Avançada no Instituto Lubeck – Salto-SP. Graduado em Medicina pela Faculdade Evangélica do Paraná, com residência médica em Coloproctologia, no Hospital de Base de São José do Rio Preto-SP.
Especialista pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia, com atendimentos em Brasília. Pós-graduado em Cirurgia Minimamente Invasiva (CMI) pelo Instituto Jacques Perissat (IJP), em Curitiba-PR; e Fellow em Cirurgia Laparoscópica Avançada no Instituto Lubeck – Salto-SP. Graduado em Medicina pela Faculdade Evangélica do Paraná, com residência médica em Coloproctologia, no Hospital de Base de São José do Rio Preto-SP.

Quais são as causas?

A ingestão insuficiente de fibras, a falta de atividade física regular e o excesso de consumo de proteína animal e de alimentos industrializados são as principais causas da constipação intestinal.

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Outros fatores que também estão relacionados são mudanças na vida ou na rotina, como gravidez, envelhecimento e viagens; uso excessivo de laxantes e beber poucos líquidos.

Quando surge a vontade de evacuar, é importante que seja realizada na mesma hora, pois esse adiamento também pode comprometer o funcionamento regular do intestino.

Algumas doenças ou condições, como AVC (acidente vascular cerebral), síndrome do intestino irritável (SII), depressão, doença de Parkinson e diabetes podem prejudicar a maneira como o intestino funciona.

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Existem algumas medicações que também podem levar à constipação, como diuréticos, analgésicos, anti-histamínicos, antidepressivos, antiespasmódicos, anticonvulsivos e antiácidos de alumínio.

Como prevenir?

A melhor forma de prevenção é por meio da ingestão de água e das fibras presentes nos alimentos. Um adulto precisa ingerir diariamente, em média, 25g de fibra e 2 litros de água. Quando isso não acontece, há alteração do funcionamento intestinal, aumentando as chances do desenvolvimento de constipação.

“A fibra é importante porque nós, humanos, não somos capazes de digerir a maioria das fibras presentes nas frutas verduras e cereais integrais (celulose), assim ela permanece no interior do nosso intestino até o momento da eliminação, retendo água no nosso bolo fecal e tornando-o mais pastoso, o que facilita o transporte até o reto e a sua posterior eliminação através da defecação”, explica Danilo.

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Outras dicas para evitar a constipação:

–       Ir ao banheiro sempre que tiver vontade;

–       Ingerir álcool com moderação, porque ele estimula a diurese e desidrata as fezes;

–       Lembrar que a ingestão de farelos pode aumentar a produção de gases;

–       Comer frutas, se possível, com casca, nos intervalos entre as refeições;

–       Tentar administrar as situações de estresse e as crises de ansiedade, pois as emoções têm influência sobre o funcionamento dos intestinos. Esse órgão é chamado, inclusive, de “segundo cérebro”;

Alguns alimentos podem influenciar positiva ou negativamente no funcionamento do intestino. Entre aqueles que pioram a constipação estão arroz, batata, farinha de trigo, sucos de goiaba e limão, mandioca, pão branco, entre outros.

Os alimentos com características mais laxantes, ou seja, que soltam o intestino, são abóbora, abacaxi, aveia, abacate, feijão, mamão, melão, pepino, repolho, entre outros.

Há ainda aqueles que podem influenciar no desenvolvimento de mais gases, como batata doce, brócolis, couve-flor, ervilha, leite, ovo, uva passa e verduras em geral. 

Quais são os tratamentos?

Para tratar e melhorar a prisão de ventre, é importante que ocorram mudanças na dieta e no estilo de vida ou há ainda a possibilidade do uso de medicamentos que amolecem as fezes e técnicas comportamentais.

O biofeedback, por exemplo, é um método que busca melhorar o tônus da musculatura anal, assim como a sensibilidade da região anorretal, o que pode auxiliar bastante no tratamento da constipação intestinal. Também é possível treinar o intestino para que ele funcione perto do mesmo horário todos os dias.

A neuromodulação sacral pode ser recomendada caso não haja uma adaptação aos tratamentos convencionais ou às pessoas que tiveram algum dano causado ao nervo ou músculo.

Ela consiste em um tratamento reversível que usa um pequeno neuroestimulador colocado debaixo da pele que envia leves impulsos elétricos por meio de um eletrodo até os nervos da pélvis que controlam o intestino. Esse procedimento auxilia no funcionamento intestinal correto.

Um especialista deve ser procurado caso sejam notadas mudanças bruscas no ritmo do intestino sem que tenha ocorrido nenhuma mudança nos hábitos alimentares ou ainda se as fezes estiverem muito ressecadas ou muito finas, se surgirem sinais de sangramento, ou se acontecer um emagrecimento constante sem nenhuma explicação aparente.

Danilo Munhóz e Aline Amaro – Coloproctologistas | @duoprocto

Danilo Munhoz

Especialista pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia, com atendimentos em Brasília. Pós-graduado em Cirurgia Minimamente Invasiva (CMI) pelo Instituto Jacques Perissat (IJP), em Curitiba-PR; e Fellow em Cirurgia Laparoscópica Avançada no Instituto Lubeck – Salto-SP. Graduado em Medicina pela Faculdade Evangélica do Paraná, com residência médica em Coloproctologia, no Hospital de Base de São José do Rio Preto-SP.

Aline Amaro

Especialista pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia, com atendimentos em Brasília. Residência médica em Coloproctologia e em Cirurgia Geral no Hospital de Base de São José do Rio Preto-SP. Graduada em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).