Obstrução Das Carótidas: Conheça O Problema E Como Evitá-Lo

Obstrução Das Carótidas: Conheça O Problema E Como Evitá-Lo

O estreitamento dessas artérias é uma das principais causas responsáveis pelo AVC 

As carótidas têm uma função de extrema importância para o corpo humano. Elas se originam na parte superior do tórax, passando pela região do pescoço e são as principais artérias responsáveis por irrigar e levar  oxigênio para o cérebro por meio da circulação. A carótida localizada do lado direito irriga o lado direito do cérebro e a do lado esquerdo faz o mesmo papel do outro lado.

Quando as carótidas ficam obstruídas, ocorre uma parada da irrigação em um determinado local do cérebro, levando a uma isquemia (falta de circulação) e, consequentemente, a morte daquela região afetada, que é o AVC (acidente vascular cerebral isquêmico). 

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O Dr. Marco Lourenço, médico e especialista em Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular, explica que a estenose da carótida é um estreitamento da circulação que pode evoluir para sua obstrução completa, tendo como principal causa a aterosclerose, que nada mais é que uma degeneração da parede da artéria levando à formação de placas de gordura. “Aproximadamente 15% dos casos dessa interrupção do fluxo levam ao AVC isquêmico, que é o de maior incidência na população, em torno de 80%”, conta o profissional.

O Dr. Marco Lourenço, médico e especialista em Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular
O Dr. Marco Lourenço, médico e especialista em Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular

Silenciosa na fase inicial, os principais sintomas da obstrução das carótidas são conhecidos popularmente como uma “ameaça de derrame”, que são os AIT (acidente isquêmico transitório) com recuperação que acontece normalmente em até 24 horas. Já o AVC, também conhecido como derrame, tem maior gravidade. Em ambos os casos, além do controle regular da doença com o cirurgião vascular, exames de rotina, como o eco doppler a cada 6 meses são essenciais. 

O tratamento de estenose pode prevenir um acidente vascular. O uso de medicamentos diminui o risco da evolução ou aumento do estreitamento da carótida. Já nos casos mais graves, intervenções cirúrgicas podem corrigir o estreitamento e diminuir as chances de obstrução completa, ou que ocorra um desprendimento de fragmento de placa de gordura da carótida.

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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC é a segunda principal causa de morte no mundo, responsável por cerca de 11% dos óbitos. E engana-se quem pensa que as pessoas afetadas são apenas os adultos mais velhos. “O estreitamento das carótidas também pode acontecer em jovens, principalmente por causa do aumento de alguns fatores de risco, como o uso de álcool excessivo, tabagismo, incluindo os cigarros eletrônicos, dieta desequilibrada, drogas, stress, ansiedade e outros problemas”, alerta o Dr. Marco. 

O AVC pode causar dificuldade de fala, perda de força nos membros superiores e/ou inferiores, apagões da visão e perda dos níveis de consciência. 

Em resumo, evitar hábitos como tabagismo, alcoolismo e sedentarismo, que consequentemente levam a outros fatores de risco como colesterol alto, pressão elevada, obesidade e diabetes, podem diminuir ou estabilizar a progressão da degeneração da parede da artéria carótida, independentemente da idade do indivíduo. 

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Sobre o Dr. Marco Lourenço | https://marcolourenco.com.br

Dr. Marco Lourenço é Especialista em Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) e Associação Médica Brasileira (AMB), registrado no Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM PR) e Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).

É pioneiro no Paraná no Tratamento Endovascular do Aneurisma de Aorta Abdominal (1998) e no Tratamento Endovascular do Aneurisma de Aorta Abdominal Roto (2001). É pioneiro no Brasil no Tratamento Endovascular do Aneurisma de Aorta Abdominal com endoprótese fenestrada para as artérias renais (2004) e na Técnica de Crioplastia para desobstrução de oclusões arteriais dos Membros Inferiores (2006). É também Criador da técnica minimamente invasiva para tratamento dos aneurismas complexos toracoabdominais, apresentada em congressos internacionais.

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