
Seletividade alimentar nas crianças em geral e nas crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA)

A seletividade alimentar é um desafio comum entre pais e cuidadores, principalmente na infância. Ela pode ocorrer em crianças neurotípicas, mas é ainda mais frequente e intensa em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Neste artigo, vamos explicar o que é a seletividade alimentar, quais são suas causas, como a família pode lidar com esse comportamento, quais profissionais estão envolvidos no tratamento e como a homeopatia em Brasília pode contribuir como abordagem complementar.
O que é seletividade alimentar?
Seletividade alimentar é quando a criança apresenta um padrão alimentar muito restrito, recusando-se a experimentar novos alimentos e aceitando apenas um número limitado de itens. Essa restrição pode estar relacionada à textura, cor, temperatura, cheiro ou aparência dos alimentos.
Embora muitos pais se deparem com essa fase por volta dos 2 anos de idade, quando a criança começa a afirmar suas preferências, o quadro pode se tornar preocupante se persistir ou afetar o crescimento e a nutrição da criança.
Nas crianças com TEA, a seletividade tende a ser mais acentuada, influenciada por fatores sensoriais e comportamentais específicos do transtorno.
Quais são as principais causas da seletividade alimentar?
As causas da seletividade alimentar podem ser variadas e, muitas vezes, combinadas. As mais comuns são:
- Sensibilidade sensorial: Algumas crianças não toleram determinadas texturas, sons (como o crocante de alimentos), cheiros ou temperaturas;
- Experiências negativas anteriores: Como engasgos ou episódios de refluxo, que fazem a criança associar o alimento ao desconforto;
- Autonomia e comportamento: A criança pode usar a recusa como forma de expressar controle sobre o ambiente;
- Alterações gastrointestinais: Constipação, refluxo ou dor abdominal podem interferir no apetite e aceitação de alimentos;
- Aspectos neurológicos e comportamentais: No TEA, a rigidez e a resistência à mudança contribuem para o padrão alimentar restrito.
O que a família pode fazer?
A participação da família é fundamental no manejo da seletividade alimentar. Algumas estratégias incluem:
- Evite brigas ou punições durante as refeições;
- Ofereça os alimentos recusados de maneira repetida, porém sem pressão;
- Apresente os alimentos de forma lúdica — em diferentes formas, cores ou cortados em formatos divertidos;
- Mantenha uma rotina alimentar com horários definidos e ambiente tranquilo;
- Inclua a criança no preparo das refeições, incentivando o contato com os alimentos.
Lembre-se: respeitar o tempo da criança é essencial. O processo é gradual e os pequenos avanços devem ser valorizados.
Quais profissionais participam do tratamento?
O tratamento da seletividade alimentar é interdisciplinar. Os principais profissionais envolvidos são:
- Pediatra: Avalia crescimento, desenvolvimento e riscos nutricionais;
- Nutricionista infantil: Cria estratégias para suprir as necessidades nutricionais da criança;
- Fonoaudiólogo: Auxilia nos casos de dificuldades com mastigação e deglutição;
- Terapeuta ocupacional: Trabalha com integração sensorial, importante especialmente em crianças com TEA;
- Psicólogo ou terapeuta ABA: Ajuda na análise e modificação de comportamentos alimentares rígidos;
- Médico homeopata: Atua como apoio complementar, tratando aspectos emocionais e fisiológicos da criança de forma individualizada.
Como a homeopatia pode ajudar?
A homeopatia familiar é uma abordagem que considera o paciente como um todo, integrando aspectos físicos, emocionais e comportamentais. No caso da seletividade alimentar, especialmente em crianças com TEA, a homeopatia pode auxiliar:
- No equilíbrio das sensibilidades sensoriais;
- Na redução da ansiedade e resistência a mudanças;
- Na melhora do apetite e das funções digestivas.
Exemplo de medicamento homeopático:
Lycopodium clavatum 30CH é um medicamento frequentemente indicado para crianças que apresentam recusa alimentar associada a sensibilidade digestiva, ansiedade, baixa autoestima e necessidade de controle. No entanto, a escolha do medicamento deve ser sempre personalizada, feita após consulta com um homeopata qualificado.
Conclusão
A seletividade alimentar é uma condição que merece atenção e cuidado, principalmente quando afeta o crescimento da criança ou se manifesta de forma intensa, como nos casos de TEA. O apoio da família, aliado a uma equipe multidisciplinar e abordagens integrativas como a homeopatia, pode promover avanços significativos na qualidade de vida da criança e de toda a família.
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